Depois de ameaças de fechamento do Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei)
Tia Alice, localizada no bairro São Joaquim, zona norte de Teresina, mães e
avós de crianças de 0 a 3 da comunidade se uniram para lutar pela manutenção da
creche no local. A ameaça de fechamento foi da Secretaria Municipal de Educação
(SEMEC), que alegou problemas de estrutura no local.
Duas reuniões já foram
marcadas com a SEMEC, mas essas mães continuam sem resposta. Entretanto, a
mobilização delas já provocou um recuo do secretário Kleber Montezuma, que
visitou a creche na última quinta-feira, 4, e colocou duas alternativas para a
comunidade escolar escolher: a primeira era permanecer no local sem que nada
fosse feito, mesmo com os problemas estruturais, e a segunda era realocar as
crianças para outra creche durante 2015, até que até que uma nova Cmei fosse
construída para a comunidade.
Na sexta-feira, 6, as
mães e professoras da Cmei Tia Alice voltaram a se reunir e decidiram, por
unanimidade, que vão continuar lutando pela permanência da creche no bairro,
pelos reparos estruturais necessários para seu funcionamento e pela abertura de
vagas para crianças de 2 anos. Além disso, devem aguardar a construção da nova
creche prometida pela secretaria para 2016.
Amanhã, uma comissão
formada por mães e professoras vai até a SEMEC entregar um documento oficial
com a decisão da comunidade. No início da semana, dezenas de mães já haviam ido
a sede da SEMEC, onde participaram de uma reunião com a gerente de gestão
escolar, Luíza Maria Moreira Solano, mas não receberam nenhuma resposta.
As mães vão continuar
lutando pelo direito a creche e contra essa violência institucional da
Prefeitura às mulheres trabalhadoras de Teresina. O SINDRSEM também se mantém
firme nessa luta, porque educação é um direito e direitos não se negociam, se
exigem.
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